Muito Se Fala Sobre Gêneros Musicais, Mas Você Sabe O Que É o Som, de Verdade?

Leonardo Puharic, Produtor Musical e Cientista Sonoro, o Cosmonet, é um especialista no tema com formação pelo SAE Institute de Oxford e um grande estudioso da Mecânica Quântica e explica o tema.

Por Leonardo Puharic e Nazen Carneiro

Uma das atrações da próxima XXXperience dia 24 de Junho em Itu, São Paulo, o produtor musical Cosmonet sempre foi um estudioso. É algo de família, ele é neto de Andrija Puharich, famoso pesquisador médico e parapsicológico dos anos 1950.

Cosmonet já ocupou o topo das paradas psytrance no Japão, Brasil entre outros países, com inúmeras gigs pelo mundo e de tempos para cá se voltou cada vez mais somente ao trabalho de estúdio, mas afinal XXX é XXX, né?

Autor de History, collab com Neelix e Gotcha que juntas ultrapassam dez milhões de streams, Cosmonet tem mais de cem mil ouvintes mensais de um extenso catálogo nas plataformas digitais . Leonardo Puharic, o Cosmonet, é um estudioso da inteligência sonora e entre os estudos de física quântica e a teoria de cordas, ele respondeu a seguinte pergunta: “O Que É o Som, de Verdade?”.

Vejam a resposta abaixo.

Quando falamos de som e música, raramente pensamos em física e na análise científica necessária para entender a propagação do som e suas nuances, nas propriedades do som e nos detalhes ligados ao processo que antecede a apreciação da arte musical

A ligação da música com a ciência – em outras palavras, a associação da estética musical à teoria dos números – remonta à Escola Pitagórica. O som é produzido ao criarmos algum tipo de mecanismo que altere a pressão do ar em nossa volta. Na verdade, para a produção do som, é mais importante a velocidade com que a pressão varia (o “gradiente da pressão”) do que o seu valor absoluto. Por essa razão é que um balão cheio de ar não faz praticamente nenhum barulho ao deixarmos o ar sair de dentro dele naturalmente. Por outro lado, se o balão estourar (e o ar sair todo de uma vez), existe uma variação enorme da pressão e um ruído alto é produzido. Podemos então dizer que o som é produzido ao colocarmos uma quantidade (massa) de ar em movimento. É a variação da pressão sobre a massa de ar que causa os diferentes sons, dentre eles os que são combinados para criar a música. A vibração de determinados materiais é transmitida às moléculas de ar sob a forma de ondas sonoras. 

Percebemos o som porque as ondas no ar, causadas por essa variação de pressão, chegam aos nossos ouvidos e fazem o tímpano vibrar. As vibrações são transformadas em impulsos nervosos, levadas até o cérebro e lá codificadas.
 


Uma nota musical nada mais é, que um nome, dado a uma gama de frequências que encontra-se dentro de um conjunto de sons que se tornam harmônicos entre sí. A música é a combinação, das mais diversas formas, de uma sequência de frequências e/ou notas em diferentes intervalos e/ou distância entre elas. 

Por isso, uma mesma nota emitida por diferentes fontes, ou instrumentos musicais, podem ter a mesma frequência e ainda assim soar de maneira diferente para quem ouve. 

Atualmente o conhecimento dos princípios da acústica e a teoria da propagação das ondas é bastante conhecida e pode-se descrever com precisão todas as características associadas aos fenômenos acústicos.

As notas musicais, são nomes dados a esse conjunto de frequências e que a percepção de cordas mais curtas emitem sons mais agudos e cordas mais longas, sons mais graves. A partir daí foi desenvolvida toda a teoria que relacionava comprimentos de cordas, escalas, intervalos, notas, números inteiros e frações. A associação de uma fração a um dado intervalo musical mostrou-se um dos princípios mais criativos e imaginativos da acústica. E em cima dele montou-se praticamente toda a teoria da música ocidental. (Chamada mais tarde de ciclo de quintas) 

A percepção do som a partir das suas propriedades físicas, é o que nos permite ouvir o som sem, necessariamente, estar na frente da fonte sonora. Como toda onda, o som sofre reflexão, é absorvido pelo meio em que se propaga, atenuado pelo atrito com as moléculas do meio e transmitido de um meio a outro. Por isso o som não se propaga no espaço, pois não há partículas suficientes para a propagação. E por isso, conseguimos determinar ritmo, distância, textura, timbragem e nossos cérebros conseguem dar um “formato” para o som que chega aos nossos ouvidos.

Partindo do princípio de que tudo está em constante vibração e obviamente em movimento, podemos afirmar que o Universo é feito de música. Assim como tudo que tocamos e mesmo que nossos cérebros possam alegar que está em repouso, mas percebemos quase nada dessas nuances. Contudo, se analisarmos de forma microscópica, veremos o movimento e logo, enxergamos o som. Isso se chama Cimática em português, mas se trata de um estudo sobre visualização do som pelo cientista suiço Hans Jenny, muito bem descrito em seu livro Kymatik.

Cimática é o estudo das ondas e de que forma elas produzem padrões quando interagem com um meio. Kyma vem do Grego onda e Tik que vem de tópico e/ou assunto. Logo Kymatik trata-se de um assunto referente as ondas. Vale a pena conferir! 

Curtiu este conteúdo? Quer saber mais? Separamos duas entrevistas, do Cosmonet: uma para a Red Bull e outra mais recente para a DJ Mag Brasil. Bem legal. Você pode também acompanhar Cosmonet nas redes sociais @cosmonetmusic e ouvir sua discografia nas plataformas digitais.

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