GOTTINARI FALA SOBRE “GO ALL THE WAY” SEU NOVO SINGLE

Gottinari é um dos tesouros brasileiros, o artista é responsável por dezenas de hits já emplacados, com uma carreira sólida e passaporte carimbado nos principais eventos do Brasil e do mundo.

Suas produções contêm muita musicalidade, já que ele é um multi-instrumentista, suas músicas são intensas e explosivas para a multidão. Onde quer que ele vá, é altamente reverenciado pelos fãs e críticos.

Conversamos com ele sobre sua carreira e sobre seu novo single, “Go All The Way” que sai amanhã dia 23/03 em todas as plataformas de áudio.

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1 – Qual foi o seu primeiro contato com o universo do Psytrance? E qual foi a virada de chave que fez você decidir que iria trabalhar com isso?

Fui batizado em 2009 pelo Sesto Sento numa rave que ficou conhecida como Psylama, de tanto barro que tinha, e poder viver esse momento foi a minha grande virada de chave para me focar apenas na música eletrônica!

2 – Quando falamos de produção, como funciona o processo criativo do projeto?

O meu processo criativo começa sempre tocando algum instrumento, algumas vezes tenho a melodia principal na cabeça e outras acabam nascendo durante esses momentos de experimentação.

3 – Qual a sua expectativa para o próximo lançamento? Conta um pouco para nós de onde veio a inspiração e como tem sido o processo criativo de “Go all the way”?

A “Go all the way” é uma track muito importante para mim, pois ela representa muito o que passamos durante o tempo em que fomos obrigados a nos isolar nas nossas casas… Além da mensagem, ela mostra um Gottinari mais maduro musicalmente e acredito que ela une as pessoas, os estilos e é isso que sempre busquei na minha carreira!

4 – Qual foi o maior desafio na composição de “Go all the way”?

O maior desafio foi transformar um poema de Charles Bukowski que tem por sua característica o tom melancólico e boêmio em algo que transmitisse uma sensação de esperança para as pessoas.

5 – Qual foi a sua composição que mais marcou a sua carreira?

“Tandava”, a letra já diz… Quando Shiva dança, balança o mundo inteiro!

6 – Sobre a nova safra de ouvintes e consumidores de psytrance, você, como um produtor consolidado há anos na cena, sentiu alguma mudança ou precisou fazer algum ajuste no seu projeto para se adequar ao mercado?

Percebi que essa nova geração que está ingressando na cena tem a cabeça aberta quanto a curtir outros estilos de música e com isso eu busquei trazer mais “musicalidade” para o projeto, através de músicos, instrumentistas e parceiros que gravam comigo aqui no estúdio.

7 – Vemos com frequência nas redes sociais que você é um músico muito hábil com as cordas, com violão e guitarra. Antes do Psytrance, o que gostava de tocar e ouvir?

Na verdade, eu quebro um galho com o violão, onde me sinto mais confortável é no piano… Eu comecei a tocar muito cedo, com uns 5 anos de idade. Meu pai é compositor de MPB e sempre acompanhei ele nos shows pelo Rio Grande do Sul. Sempre gostei de música boa, independente do estilo mas ouvia muito Rock, Mpb!

8 – Acredita que saber tocar um instrumento possa ajudar na produção de música eletrônica?

Tocar o instrumento com certeza vai ajudar na velocidade do processo criativo, além de provocar uma imersão muito grande na hora da composição. Às vezes, buscamos algo e encontramos a grande sacada no caminho.

9 – “Go all the way” chega com um Squarebass fortíssimo. Temos visto alguns produtores optando por utilizar essa linha de baixo. Por que acha que ela tem tido uma aceitação tão boa pelos ouvintes tanto no fullon quanto no prog?

Eu sempre gostei de usá-lo, pois valoriza muito as nuances melódicas que o baixo faz. Isso é uma característica que exalta o groove. Daí que a galera fala: “É Gottibaile”. Kkk.

10 – Conta pra nós uma meta que você tenha traçado para o projeto e não vai descansar até conseguir?

Minha meta é furar algumas bolhas e trazer mais musicalidade para o Psytrance.

11 – Qual foi o maior desafio do Gottinari do primeiro dia de carreira até hoje?

Foi o período da pandemia, onde eu estava em uma crescente muito forte com o projeto. E o período isolado me fez refletir sobre muita coisa, mas foi um momento de maturação muito importante para o Gottinari, onde pude estudar e evoluir musicalmente.

12 – Conta pra nós a apresentação mais memorável que você já fez.

Mundo de Aslam. Na minha primeira música, rolou o lance do Matheus, um menor de idade que travou a festa. A galera começou a gritar: “Ei, Matheus, vai tomar no CU!”, umas 8 mil pessoas… Parecia estádio de futebol hahaha!

13 – Se pudesse olhar para trás e mudar algo na sua carreira, o que seria e por quê?

Não mudaria nada. Tudo que passei foi um grande aprendizado para estar aqui hoje!

14 – Para aqueles que te admiram e acabam entrando na música por sua influência, qual conselho você gostaria de deixar?

Que busquem sempre preservar os valores que prezamos na rave. A nossa cena ser saudável e um lugar sem tanto julgamento depende do nosso comportamento. PLUR foi a primeira coisa que aprendi quando pisei no nosso solo sagrado. Aprendi que pista boa é pista sem lixo e que quando esbarrava em alguém, eu pedia desculpa e acabava virando amigo dela. Preservem a nossa essência, valorizem os artistas nacionais, faça da rave seu lugar de libertação!

15-  E para o próximo lançamento, o que podemos esperar de “Go all the way”?

Espero que ela sirva de motivação para todos aqueles que correm atrás dos seus sonhos! Como diz o poema: “Se for tentar, vá até o final!”

E ai? Curtiu a entrevista? Quer saber mais sobre o Gottinari? Conta ai nos comentários.

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