Recentemente pudemos observar diversos casos de hate que ganharam visibilidade nas redes sociais

 A Djane e produtora Devochka optou por cancelar seu set em um evento no Rio de Janeiro após ser anunciada em um line up composto por artistas de high bpm.

Os artistas, obviamente não tem papel nenhum nessa onda de ódio que vem tomando a nossa cena a tempos, na verdade nos bastidores podemos observar quase que com unanimidade uma relação de respeito, amor e colaboração entre os artistas das mais variadas vertentes possíveis.

Porém alguns entusiastas da vertente mais acelerada se sentiram no direito de reclamar, denegrir, ofender a Djane e produtora que assim como muitos no evento estava apenas sendo escalada para trabalhar e desempenhar seu papel, que por sinal desempenha com extrema qualidade a muito tempo.

Devochka já se apresentou nos mais diversos festivais de música do mundo como Lollapalooza, Rock in Rio, Xxxperience, universo paralelo e entre outros.

A qualidade e a sua sólida carreira na música eletrônica são um fato, fato esse que aparentemente não foi levado em consideração por determinadas pessoas ao identificarem que a mesma estaria compondo o line up de determinado evento no Rio de Janeiro.

 Convenhamos que existe uma diferença gigantesca entre não se identificar com o trabalho de um artista, e disseminar ódio, ofender, menosprezar ou diminuir um artista por apenas estar fazendo o seu trabalho, apenas por estar trabalhando.

São comportamentos como esses que fazem com que muitos artistas sejam desmotivados, ou nas palavras do consagrado Vintage Culture “Esse hate só prova como não dão valor aos brasileiros”.

Essa fala do Vintage é referente aos ataques que o Dj e produtor Mochakk recorrentemente recebe nas redes sociais, seja por suas obras, por sua performance ou até mesmo quando é anunciado em eventos como Timewarp, Warung, Dedge, Sonar festival, Music on, dentre outros eventos de maior prestígio na música eletrônica.

Outra situação muito recorrente é quando um evento anuncia algum artista em seu line up, mais do que rapidamente o público comparece ao post de anúncio desse artista e começam a exigir outros artistas.

Recentemente a manager Pripa Miranda, publicou um vídeo nas redes sociais com a intenção de conscientizar, educar e expor o quão desagradável esse tipo de situação pode ser para o artista anunciado, tendo em vista que os mesmos sempre leem os comentários quando são anunciados nos eventos.

Essa falta de empatia e respeito que vem tomando conta nas redes sociais, é justamente o oposto que a nossa cultura prega, paz, amor, respeito e união.

Imagine-se no lugar do artista, você é anunciado em um line up de determinado evento, está ansioso para mostrar seu trabalho, e quando vai verificar os comentários do post que te anunciou, diversas pessoas exigindo outros artistas no seu lugar, mesmo que esses comentários não reflitam a opinião da maioria do público do evento, com certeza é uma situação extremamente desagradável.

A maioria dos eventos no Brasil sempre abre espaço para o público opinar e solicitar artistas, são esses tipos de publicações ou até mesmo o próprio inbox das páginas o lugar adequado para esse tipo de colocação

São comportamentos nocivos como esse que adoecem a nossa amada cena psicodélica cada vez mais, fazendo com que as vertentes cada vez mais se afastem umas das outras, e os eventos passem a ter menos pluralidade cultural em seus line ups.

 Rico é o evento que conta com diversos artistas, das mais variadas vertentes e sonoridades compondo seu quadro de artistas, você acha que esse tipo de comportamento nocivo é benéfico para cena? Qual a sua sugestão para tornarmos nosso ambiente mais harmonioso? Conta aqui pra nós nos comentários!